Método Montessori: o que irei colocar em prática

Procurar uma decoração que não choque com o resto do espaço é uma tarefa dificil. No entanto, tenho alguns projetos decorativos em mente que espero resultarem no leve toque infantil que pretendo, respeitando alguns dos aspetos defendidos no Método Montessori.
O Método Montessori, é atualmente muito falado, mas considerei de difícil aplicação em ambientes pequenos e compartilhados como é o meu caso, que vivo num T0. Difícil mas não impossível.

Portanto, tendo por base o Método Montessori, em que o quarto das crianças deve ser montado e estruturado de acordo com a ótica da criança (e não do adulto), de maneira que os miúdos circulem livremente e em segurança no seu ambiente e explorem as coisas que estão ao seu alcance, optei por algumas opções de decoração que possam ser adaptáveis também ao seu crescimento, ao espaço que dispomos e à metodologia "minimalista" que defendo.

 Colchão baixo
Para que a criança tenha mais independência para se levantar e se deitar, o colchão deve estar no chão ou numa estrutura de cama baixa.
Eu optei pelo modelo GULLIVER (em que poderemos retirar a lateral e embora com alguma altura, a criança poderá subir e descer com grande facilidade). Ao lado/frente, irei colocar um elemento decorativo para amortecer uma possível queda, um tapete de pelo comprido, o TOFTLUND que proporcionará estímulos sensoriais diferentes.
 Fácil alcance
Os brinquedos, livros, jogos e fotos das crianças devem ficar ao alcance das próprias, organizados em prateleiras baixas. A
 decoração também deve ser colocada ao nível dos olhos da criança. 
Este método, foi adaptado às condicionantes do espaço. A nossa cama de casal possui a cabeceira BRIMNES, por isso não irei comprar nenhuma estante adicional, já que as estantes da cabeceira são relativamente baixas.

♥ Minimalismo
A decoração deve ser minimalista, apenas com mobiliário essencial para que a criança possa explorar tudo o que tem no quarto. Para que essa exploração possa ser feita de forma segura, é bom abusar de materiais que proporcionem segurança, como tapetes de borracha, ou felpudos.
Devemos evitar acumular muitos brinquedos, guardá-los em caixas, gavetas ou roupeiros sem que estejam sempre disponíveis. O ideal é ter brinquedos sempre à vista, para que a criança sinta vontade de brincar e possa escolher com o que brincar. Podes criar um sistema rotativo, em que tens meia dúzia de brinquedos à vista, e depois trocas, para que a criança não se farte.
Quanto a este tópico, não colocar os brinquedos em caixas será difícil, visto que o Duke, tudo o que é peluche assume dele. Portanto, apenas brinquedos que não sejam passíveis de serem "atacados", poderão ser deixados à vista (embora para mim considere uma vista desarrumada, se não tiverem um papel decorativo em prateleiras).
 Escolha Autónoma
Ter menos brinquedos faz com que a criança conquiste maior autonomia de escolha. A criança conseguirá com facilidade escolher, entre meia dúzia de brinquedos, aquele com que lhe apetece brincar. Se houver muita oferta será mais difícil de optar, acabando a criança por não valorizar nenhum especificamente. 
Sempre defendi que muitos brinquedos, não é educativo. Podemos verificar isto também pelos animais, o Duke apenas tem 4 brinquedos, que apenas diferem em cor (2 ossos - castanho e bege, e 2 argolas - laranja e verde), e ele brinca com o mesmo entusiasmo como se fossem novos, cada vez que deixa de ver algum deles durante algum tempo.

 Proporção
Todo o quarto deve ser proporcional à criança. É uma questão de escala: para que as coisas estejam ao alcance da criança, também os móveis devem ser mais pequenos, as mesas baixas, as cadeiras apropriadas a crianças etc.
Obviamente que num espaço partilhado, será difícil obedecer a este factor. No entanto, no cantinho dele, tentarei manter proporcional. 

 Estímulos
Segundo Maria de Montessori, nos primeiros anos de vida a criança elabora os próprios conceitos pela ação e pelo contacto com o mundo em que vive. A criança actua pela ‘mente absorvente’ e os órgãos sensoriais são captadores das informações necessárias.

Espelho: O espelho serve para que a criança possa conhecer-se e entender que é uma pessoa distinta da mãe. Quando ainda não gatinha, o espelho pode ser instalado na horizontal, ao lado da cama. Mais tarde, pode ficar na vertical, noutra parede. Para garantir a segurança, é importante que o espelho seja de acrílico e fique bem preso à parede.

Música: Para o estímulo auditivo, músicas de compositores clássicos em geral, e 
músicas ou sons de viola ou flauta são muito apreciados.

Móbile: no início, o recém-nascido não consegue focar coisas que estão muito longe, por isso, o móbile deve estar a 30cm do bebé. Além disso, no primeiro mês, o ideal é que o objeto seja preto e branco, com diferentes formas e padrões. Mais tarde, podem ser introduzidas outras cores. Os bebés recém nascidos adoram móbiles de formas geométricas e com cores fortes. Após os 3/4 meses, que a criança já agarra objetos, deves tomar cuidado para que o móbile não seja alcançado muito facilmente, por uma questão de segurança.

No que toca ao espelho, não pondero adicionar. Nós temos no quarto um espelho que está colocado no armário e considero um ponto dispensável, tal como a barra para se segurarem sozinhos (cada criança tem o seu tempo, na minha opinião). A música e o ASMR será com certeza uma mais valia nos estímulos auditivos. Quanto ao móbile, está nos meus planos fazer um móbile com formas geométricas, animais e plantas. 

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