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Já alguma vez sentiste que há mais vida para lá do que os teus olhos alcançam? Que a morte, afinal, pode não ser um fim, mas uma espécie de passagem? E se eu te dissesse que há cientistas, físicos quânticos até, que estão a considerar a hipótese de a tua consciência não desaparecer quando morres?
Calma, não estamos a falar de espiritualidade cega, mas sim de ideias que estão a surgir do seio da própria ciência moderna, mais precisamente da física quântica. E acredita: estas teorias são tão desafiantes que muitos consideram-nas perturbadoras. Vamos a isso?
O Que É a Consciência, Afinal?
Antes de mergulharmos no lado quântico da coisa, convém esclarecer uma pergunta que tem intrigado filósofos e cientistas durante séculos: o que é, realmente, a consciência?A tua consciência é aquilo que te permite saber que existes. É o “eu” que observa os pensamentos, que sente, que decide, que sonha. Não é o cérebro... esse é o hardware. A consciência seria o "software", o observador silencioso por detrás dos bastidores.
Mas... se a consciência não é um produto direto do cérebro, então para onde vai quando o corpo morre?
A Teoria Quântica que Abana Tudo
Quem lançou a pedra ao lago foi o Dr. Robert Lanza, um cientista norte-americano respeitado, que propôs uma teoria conhecida como Biocentrismo. Segundo ele, a vida e a consciência são fundamentais para o universo - e não o contrário.Na visão tradicional da ciência, o universo surgiu primeiro, e depois, por acaso, surgiu a vida. Mas o Biocentrismo vira essa ideia do avesso: sem consciência, não há universo. A realidade, o tempo e o espaço só existem porque tu estás a observá-los.
E aqui entra a física quântica com a sua cereja no topo: o famoso experimento da dupla fenda, onde uma partícula de luz ou matéria muda o seu comportamento dependendo se está ou não a ser observada. Ou seja, a consciência influencia a realidade física.
Segundo Lanza, a morte como a conhecemos é uma ilusão. O que morre é o corpo físico, sim, claro. Mas a consciência não está localizada no corpo. Tal como uma aplicação não vive apenas no ecrã do telemóvel, mas num sistema maior, a tua consciência pode existir fora dos limites do corpo e do tempo.
O Biocentrismo sugere que, quando morres, a tua consciência desliga-se desta realidade (como quem fecha uma janela no computador) e abre outra, noutra dimensão, noutro universo paralelo, noutra frequência.
Assustador? Talvez. Mas também profundamente reconfortante.
E Onde Entra a Mente Quântica?
Alguns cientistas vão mais longe. Há quem defenda que o cérebro humano funciona como um receptor, tal como um rádio capta sinais. A consciência seria o "sinal", e o cérebro apenas o "aparelho" que o traduz.Dentro das tuas células cerebrais, especialmente nos microtúbulos (estruturas minúsculas dentro dos neurónios), poderão estar a ocorrer processos quânticos, ou seja, ações que escapam às leis clássicas da física e que se regem por possibilidades, não por certezas. Esta é a base da teoria da consciência quântica defendida por Roger Penrose e Stuart Hameroff.
Um Eco de Sabedoria Antiga?
Curiosamente, estas ideias que hoje começam a ser estudadas em laboratórios não são novas. Civilizações antigas, como os egípcios, os hindus, os taoístas e até correntes gnósticas, já falavam da consciência como uma energia que transcende o corpo.Talvez o que hoje chamamos de “teoria quântica da consciência” não seja senão uma reinterpretação moderna de algo que a humanidade sempre intuiu: que somos muito mais do que carne e osso.
A resposta é tua. A ciência, quando é honesta, não oferece certezas absolutas — oferece possibilidades. E esta é, sem dúvida, uma das mais intrigantes: a de que a tua consciência pode ser eterna, saltando de realidade em realidade como uma faísca que nunca se apaga.
Mais do que responder a tudo, este tipo de teoria serve para te despertar. Para te lembrar que estás aqui por um breve momento, sim, mas que talvez faças parte de algo maior, mais vasto, mais misterioso do que alguma vez imaginaste.
Inspira-te!
“És uma centelha do infinito, a viver por instantes num corpo que acredita ser finito.” - Mantra Quântico
🌀 Fecha os olhos. Respira fundo. Pergunta a ti mesma:
“E se eu não for apenas o que vejo ao espelho?”
Escreve o que sentes. Não julgues. Apenas observa.
Este pequeno exercício de autoexploração pode abrir uma porta... não para o além, mas para o dentro. E quem sabe? Talvez aí encontres o verdadeiro infinito.
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