Felizmente para a maioria das pessoas, ao nascer focamo-nos principalmente na experiência material da vida e os nossos sentidos ajudam-nos a vivenciar tudo o que é físico. Mas os nossos sentidos não se resumem apenas aos chamados cinco sentidos (visão, tato, paladar, olfato e audição).
Começo por dizer que felizmente nos focamos nos sentidos físicos pois esta sensibilidade, para além do que é palpável, deixa-nos atentos, conscientes, mas também muito vulneráveis e desfocados.
A maioria de nós não foi ensinado ou guiado para tirar partido destas qualidades. Antes pelo contrário, continuamos nos dias de hoje a ser crucificados pela sociedade. Isso é algo que assusta muito a maior parte das pessoas, e mesmo sem saber todos desfrutamos desta sensibilidade.
Quando estamos atentos e aprendemos a lidar com o mundo “invisível aos olhos” apercebemo-nos que o universo comunica connosco de variadíssimas formas.
O meu corpo, a minha roupa, o meu carro, a minha casa são nem mais nem menos, do que a materialização de uma vibração de uma energia que tomou forma e vive a dar lugar ao que chamamos de vida.
Como tudo começa pela vibração, acabamos por colher sinais nas mais variadíssimas formas: um desejo que não se realiza, um artigo que esgota na loja, uma peça que se quebra, uma pessoa que nos desilude ou se afasta, etc. Tudo tem uma função na nossa vida. Tudo são sinais que nos podem ajudar a tomar consciência do que funciona e do que não funciona na nossa vida. E aqui entra a nossa casa, que é onde se concentra uma boa parte da nossa vibração pessoal, logo, não haverá melhor lugar para ler sinais.
Ao analisar uma casa podemos ver os seus aspetos favoráveis e tudo o que está ao gosto. Tal funciona para percebermos o quanto podemos estar alinhados e em harmonia com a vida. Onde gosto ou não gosto de estar. Para além disso, vamos ver tudo o que está estragado, o que não funciona, não serve ou simplesmente apetece mudar.
Uma simples análise do espaço que usamos dá-nos uma mão cheia de informação. Neste método colocamos uma grelha de 81 espaços sobre a planta da casa, a qual nos vai ajudar a referenciar cada zona do lar.
A cada espaço corresponde um assunto da nossa vida – família, dinheiro, profissão, liberdade pessoal, viagens, relacionamentos, crianças, conhecimento -, e depois é só fazer a análise.
Uma parede ou teto com bolor ou humidade – emoções mal vividas.
Uma tábua do chão que levanta – problema com segurança ou raízes.
Uma janela que não abre – estou bloqueado, preso.
Uma persiana que não fecha – estou desprotegido.
Um candeeiro que funde as lâmpadas com maior frequência que o previsto – estou com stresse ou em curto-circuito.
Uma torneira que pinga – estou com perdas de energia ou falta de controlo nos gastos.
Um cano entupido – estou a agarrar algo que devia soltar e libertar.
Para além disso há também uma análise profunda aos artigos decorativos, às imagens usadas, à sua simbologia. Podíamos passar um dia inteiro a ver tudo e mais alguma coisa. Aliás, há trabalhos que podem mesmo demorar muitas horas e cada um deve fazer ao seu ritmo.
Resumindo: a nossa casa fala connosco, envia-nos sinais permanentemente. E ainda bem que se manifestam na nossa casa antes de se manifestarem no nosso corpo. Ao longo destes últimos anos no meu trabalho de Feng Shui tenho dedicado especial atenção a este tema a que chamei de sinais da casa.
SOBRE
Alexandre Saldanha da Gama é consultor de Feng Shui e autor do livro ‘Feng Shui @ Lares e Costumes Portugueses’. Estudioso de pessoas e da sua energia, criou a marca Feng Shui Integrativo através da qual orienta seminários, cursos, palestras e faz consultas de astrologia do ki das 9 estrelas. Desenvolve e acompanha in loco projetos de decoração, dá consultas de Feng Shui e faz limpezas energéticas de espaços.
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