E se envelhecer fosse, afinal, um privilégio?
Vivemos tempos em que a palavra “envelhecer” parece quase um insulto. Basta ligar a televisão, espreitar as redes sociais ou entrar numa farmácia: tudo gira à volta de parar o tempo, disfarçar as rugas, esconder os cabelos brancos, manter o corpo “jovem” como se isso fosse a única forma legítima de existir. Mas e se estivéssemos todos a ver a coisa ao contrário?
No livro Envelhecer como Buda, a autora Tsering Paldron propõe-te algo profundamente simples, mas revolucionário: e se, em vez de temermos a velhice, a víssemos como uma etapa de ouro? Uma fase que não representa o declínio, mas o culminar de uma vida cheia de experiências, aprendizagens e sabedoria?
Durante séculos, os mais velhos eram mestres, guias, pilares das comunidades. Eram ouvidos, respeitados, honrados. Hoje, são muitas vezes ignorados, empurrados para os bastidores de uma sociedade que corre atrás do brilho fácil da juventude. Mas a verdade é esta: a forma como olhamos para o envelhecimento molda a forma como vivemos — e como nos sentimos connosco próprios.
Tsering, com a serenidade de quem passou décadas a aprofundar os ensinamentos budistas, desafia-te a repensar tudo isto. O envelhecer não é uma falha no sistema. É parte do ciclo. É o momento em que deixas de correr e começas, finalmente, a caminhar com atenção plena. A saborear os dias. A escutar-te. A reconectar-te com o que realmente importa.
Este livro não romantiza a velhice — nem a dramatiza. Fala das dificuldades com honestidade, mas também das bênçãos que esta fase pode trazer: a liberdade de já não teres de provar nada a ninguém, a leveza de te reconciliares com o que foi e o poder de finalmente viveres a tua verdade. Mostra-te que ainda há muito para aprender, para dar, para sentir. E que esse “muito” pode ser o mais essencial.
A proposta não é mudar o mundo — é mudares a tua forma de estar nele. Porque quando reconheces o teu valor, não precisas que ninguém te valide. Quando percebes que as virtudes humanas mais profundas não envelhecem, deixas de lutar contra o espelho. E quando aceitas a passagem do tempo como parte do teu caminho, cada dia torna-se uma oportunidade de paz, de clareza, de autenticidade.
Envelhecer como Buda é um convite à presença. Um gesto de ternura para contigo. Uma chamada para vivermos com o coração tranquilo, até ao último sopro. E talvez, só talvez, possas descobrir que envelhecer… é um privilégio raro.
Se chegaste até aqui, talvez já saibas disto no fundo do teu ser. E talvez esteja na altura de começares a viver essa verdade.
Envelhecer como Buda
de Tsering PaldronISBN: 9789896879495
Edição/reimpressão: 05-2025
Editor: Pergaminho
Idioma: Português
Dimensões: 150 x 238 x 11 mm
Encadernação: Capa mole
Páginas: 208
Classificação Temática: Livros > Livros em Português > Desenvolvimento Pessoal e Espiritual > Espiritualidades
SOBRE A AUTORA
Tsering Paldron dedica-se ao budismo há mais de cinco décadas e partilha os seus ensinamentos desde 1992. Em 1984, embarcou num retiro tradicional de três anos, em grupo, focado na meditação e no estudo dos textos sagrados do budismo tibetano, na região da Dordogne, em França. Ao longo do seu percurso, teve a oportunidade de receber ensinamentos diretos de alguns dos mestres mais reconhecidos desta tradição espiritual.
Tem levado o seu conhecimento e a sua experiência a muitas pessoas, tanto em Portugal como noutros países, através de seminários, palestras e conferências. É também autora de três livros que refletem a profundidade da sua prática e visão sobre o caminho budista: A Arte da Vida (2001), A Alquimia da Dor (2004) e O Hábito da Felicidade (2017), todos publicados pela editora Pergaminho.
Além disso, esteve na origem de dois projetos com forte impacto humano: a AMARA – uma associação que acompanha, de forma digna e compassiva, pessoas em fim de vida ou com doenças graves – e a Bodhicharya Portugal, que promove atividades educativas e culturais ligadas ao budismo. O seu trabalho, sempre guiado pela compaixão e sabedoria, tem tocado a vida de muitos que, como tu, procuram viver com mais consciência, paz interior e sentido profundo.
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