5 conselhos para a Saúde Mental da Mulher Grávida


A gravidez é um período contorbado do ponto de vista psicológico. Exige, por parte da grávida, um grande esforço e uma enorme capacidade de reorganização para a manutenção do equilíbrio e da saúde psicológica. Mas, como ajudar e cuidar da saúde mental da mulher grávida? Eis 5 conselhos que poderão fazer a diferença.
1. Ser vigiada clinicamente
Garantir que a grávida está devidamente informada sobre as normas e procedimentos de vigilância da gravidez, nomeadamente sobre a necessidade de cumprimento do plano de acompanhamento da gravidez. A participação em programas de preparação para o parto tem-se mostrado benéfica para a saúde mental da grávida.

2. Reconhecer e validar as emoções e os sentimentos manifestados pela grávida
É expectável que sobretudo numa primeira gravidez, existam alterações ao nível da ansiedade, e aqui surjam inseguranças e preocupações. É desejável que a rede de apoio da grávida redobre a atenção empática para com a mesma e se mostre disponível para dialogar e oferecer apoio a vários níveis nesta fase.

3. Facilitar o ajuste de expectativas
Os sonhos e as expectativas da futura mãe nem sempre estão em consonância com a realidade e pode ser importante reajusta-los. Se é verdade que cada bebé é um bebé, também é verdade que a "vida de mãe" é exigente. Conversar com mães mais experientes pode ajudar a reajustar as expectativas e diminuir a ansiedade na gravidez.

4. Promover a proximidade e o envolvimento do pai do bebé durante a gravidez
Sempre que possível e sempre que fizer sentido, o pai do bebé deve acompanhar a grávida e partilhar os momentos importantes da gestação. Resumidamente, é desejável que a grávida não esteja sozinha e todas as fontes de apoio são válidas (marido, avós, amigos, outros parentes).

5. Procurar ajuda especializada
Quando a saúde mental da grávida está de tal forma afetada que existe impacto no seu dia-a-dia, há que procurar ajuda especializada. Importa partilhar as preocupações e as emoções mais desafiantes com os profissionais de saúde que acompanham a gravidez, mas também profissionais especializados em psicologia e nutrição materna.


FONTES
Brito, I. (2009). A saúde mental na gravidez e primeira infância. Rev Port Clin Geral 2009;25:600-4. Disponível em: https://www.rpmgf.pt/ojs/index.php/rpmgf/article/view/10678
Delgado, N. (2016). “O motivo do internamento (materno vs. fetal) como fator de risco para a depressão em grávidas internadas no Serviço de Medicina Materno Fetal da Maternidade Dr. Alfredo da Costa/CHLC”. Disponível em: https://repositorio.ul.pt/handle/10451/33711
Cepêda, T., Brito, I., Heitos, M. (2005). Promoção da Saúde Mental na Gravidez e Primeira Infância. Direção-Geral da Saúde. Disponível em: https://www.dgs.pt/documentos-e-publicacoes/promocao-da-saude-mental-na-gravidez-e-primeira-infancia-manual-de-orientacao-para-profissionais-de-saude-pdf.aspx
Ordem dos Psicólogos Portugueses. (2020). Recomendações para a intervenção psicológica durante a gravidez e puerpério. Disponível em: https://www.ordemdospsicologos.pt/ficheiros/documentos/intervencaopsicologica_gravidez_puerperio.pdf
Murkoff, H., Mazel, S. (2017). O que esperar quando está à espera de bebé. 1ª edição. Casa das Letras.

2 comentários:

  1. Catarina Leitão21 abril

    Muito obrigada por este post Delta, tava a precisar ler isto

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  2. Alfa e Ómega21 abril

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