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Se há algo que o Antigo Egipto nos ensina é que a saúde nunca foi vista apenas como ausência de doença. Para os egípcios, cuidar do corpo era também cuidar do espírito e da energia vital. Dentro deste universo de práticas, encontramos a reflexologia, uma terapia manual que apesar de hoje ser considerada “moderna”, já era usada há milhares de anos.

Reflexologia no Antigo Egipto: a origem de um saber ancestral

Quando pensamos em reflexologia, muitas vezes associamos logo à medicina tradicional chinesa ou às práticas indianas. Mas sabias que os egípcios já utilizavam técnicas semelhantes?

Na tumba de Ankhmahor, um alto dignitário em Saqqara, datada de cerca de 2.300 a.C., foi encontrada uma pintura mural que representa duas pessoas a receberem pressão nos pés e nas mãos. Ao lado da cena, uma inscrição diz: “Não me faças mal”, ao que o terapeuta responde: “Agirei de forma a dar-te prazer”. Este é um dos testemunhos mais antigos daquilo que hoje chamamos reflexologia.

Para os egípcios, os pés eram mais do que meros suportes do corpo: eram portais energéticos que refletiam o estado interno do indivíduo. Assim, ao estimular pontos específicos, acreditava-se que se promovia equilíbrio e vitalidade em todo o organismo.

O mapa do corpo nos pés

A reflexologia parte da ideia de que cada parte dos pés corresponde a um órgão ou sistema do corpo. Os antigos terapeutas egípcios, intuitivamente, já percebiam estas ligações:
- Dedos dos pés: ligados à cabeça, ao cérebro e aos sentidos.
- Arco do pé: associado à coluna vertebral e ao sistema nervoso.
- Zona central da planta: relacionada com estômago, fígado, rins e intestinos.
- Calcanhar: conectado à pélvis, à bexiga e à zona lombar.

Ao pressionar estas áreas, não só se aliviavam dores e tensões, como também se harmonizava a energia vital... algo que os egípcios consideravam essencial para uma vida saudável e longa.

Terapias manuais: o poder do toque

Além da reflexologia, os egípcios valorizavam profundamente as terapias manuais. As massagens, frequentemente associadas ao uso de óleos e unções, eram aplicadas para:
- Aliviar dores musculares e articulares
- Estimular a circulação sanguínea
- Promover relaxamento e clareza mental
- Preparar o corpo para rituais espirituais

O toque tinha, para eles, uma função que ultrapassava o físico. Era também um ato de cura energética, de reconexão entre corpo e alma.

Como trazer este saber ancestral para o teu dia-a-dia

A beleza da reflexologia está no facto de não ser apenas uma terapia profissional... tu próprio podes integrá-la como ritual de autocuidado:
Massagem matinal: antes de começares o dia, pressiona suavemente a zona abaixo dos dedos dos pés. Esta área está ligada à cabeça e ajuda a despertar a mente.

- Alívio digestivo: após uma refeição mais pesada, massaja o centro da planta do pé em movimentos circulares. Esta zona corresponde ao estômago e pode trazer conforto.
- Relaxamento noturno: antes de dormir, foca-te no arco e no calcanhar, aplicando pressão suave e respirando fundo. Ajuda a libertar tensões acumuladas.
- Escalda-pés: combina água morna, sal grosso e óleos essenciais (lavanda para relaxar, hortelã para revitalizar) e aproveita para pressionar os pontos reflexos enquanto mergulhas os pés.
- Bola de ténis: coloca-a no chão e rola o pé sobre ela, aplicando diferentes pressões. Este exercício simples ativa múltiplos pontos reflexos.

 

Reflexologia hoje: entre ciência e tradição

Embora o Ocidente só tenha redescoberto a reflexologia no início do século XX, hoje sabemos que esta prática tem benefícios comprovados: promove relaxamento, reduz o stress, melhora a circulação e até apoia o sistema imunitário.

Mas para além dos efeitos físicos, há algo que permanece do espírito egípcio: a consciência de que os pés guardam a memória do corpo inteiro e que ao cuidar deles, cuidamos também de nós em profundidade.


Quando aplicas reflexologia ou recebes uma massagem nos pés, estás a participar numa tradição milenar que nasceu entre faraós, templos e papiros. O toque que outrora era visto como cura e ritual continua hoje a ser uma ponte para o equilíbrio.

Talvez seja por isso que, depois de uma sessão, não sentimos apenas os pés mais leves, mas todo o corpo em harmonia, como se de certa forma estivéssemos a resgatar um saber antigo que ainda vive em nós.



Quando pensamos no Antigo Egipto, é comum a nossa mente viajar logo para as pirâmides, para os faraós ou para os mistérios da vida após a morte. Mas há um outro lado desta civilização fascinante que muitas vezes passa despercebido: a sua profunda ligação à saúde e à cura. Para os egípcios, corpo, mente e espírito formavam uma unidade inseparável, e a medicina era praticada tanto no plano físico como no espiritual.
 

A sabedoria guardada nos papiros médicos

Grande parte do que sabemos sobre a medicina egípcia chegou até nós através dos papiros. O mais famoso é o Papiro de Ebers (cerca de 1550 a.C.), considerado uma das obras médicas mais antigas do mundo. Nele encontramos receitas para tratar doenças digestivas, problemas respiratórios, dores de cabeça, queimaduras e até questões emocionais.

Outro documento importante é o Papiro de Edwin Smith, que revela uma abordagem quase cirúrgica, com descrições detalhadas de fraturas, ferimentos e tratamentos práticos. Estes textos mostram que os egípcios já distinguiam entre doenças físicas e espirituais, tratando cada uma com métodos específicos.

As plantas como farmácia viva

A fitoterapia era central na prática médica egípcia. Plantas e resinas eram colhidas, preparadas e combinadas em fórmulas que atuavam tanto no corpo como no campo energético. Algumas das mais utilizadas eram:
- Aloe vera: aplicada em feridas e queimaduras, pela sua ação cicatrizante.
- Mirra e incenso: usados como anti-inflamatórios, desinfetantes e em rituais de purificação.
- Cominho e funcho: para problemas digestivos e cólicas.
- Alho: considerado um fortificante natural, usado para melhorar a circulação e a imunidade.
- Lótus azul: não apenas medicinal, mas também ritualístico, associado ao relaxamento profundo e estados de consciência elevados.

Óleos e unções: cura através do toque

Os egípcios davam enorme importância ao poder das unções. Óleos aromáticos eram aplicados em rituais religiosos, mas também em práticas médicas e de beleza. O ato de ungir o corpo não era apenas estético, mas visto como uma forma de equilibrar as energias e afastar doenças.

Óleos como o de oliva, rícino e sésamo eram usados como base, misturados com ervas ou resinas. A unção tinha ainda uma função preventiva: proteger a pele do sol, hidratar e criar uma barreira contra infeções.
 

Massagens: aliviar o corpo e harmonizar a energia

As massagens faziam parte das práticas terapêuticas egípcias, tanto para aliviar dores como para revitalizar o corpo. Eram frequentemente acompanhadas pelo uso de óleos aromáticos, o que tornava o tratamento duplamente eficaz: pelo toque físico e pelas propriedades medicinais e energéticas das substâncias aplicadas.

Havia também a noção de que o toque ajudava a desbloquear canais de energia, algo muito próximo do que hoje associamos às medicinas orientais.

O eco na fitoterapia e aromaterapia modernas

Muitas das práticas que nasceram ou se consolidaram no Antigo Egipto continuam a inspirar as terapias naturais atuais. Quando hoje usamos óleos essenciais em aromaterapia para aliviar o stress ou aplicamos aloe vera numa queimadura, estamos a ecoar gestos que já faziam parte da rotina dos egípcios há milhares de anos.

A grande diferença é que agora a ciência moderna confirma o que eles intuíram: as plantas e os óleos têm propriedades químicas reais que atuam no corpo humano. Mas, tal como os antigos, continuamos a perceber que há algo mais subtil envolvido... uma sensação de equilíbrio, de conexão e de cuidado que transcende o físico.
 

O legado que permanece

A medicina egípcia ensina-nos que a cura não é apenas uma questão de tratar sintomas, mas de olhar para o ser humano como um todo. Os papiros mostram fórmulas e receitas, mas revelam sobretudo uma filosofia: a de que cuidar da saúde é um ato de respeito pelo corpo, pela alma e pela ligação com o divino.

E talvez seja essa a lição mais atual: quando hoje escolhes um chá de ervas para acalmar o estômago, um óleo essencial para relaxar ou uma massagem para libertar tensões, estás a resgatar um conhecimento ancestral que nunca deixou de estar vivo.



Há histórias que atravessam séculos e continuam a sussurrar verdades intemporais. O mito de Ísis e Osíris, nascido no coração do antigo Egipto, é um desses relatos que se mantém vivo não apenas como lenda, mas como símbolo profundo do caminho humano de perda, renascimento e transformação interior.

Segundo a tradição, Osíris era um rei justo e benevolente, associado à fertilidade, à ordem e à vida que floresce. O seu irmão, Seth, movido pela inveja e pelo desejo de poder, conspirou contra ele. Num gesto de violência e traição, matou-o e espalhou os fragmentos do seu corpo pelo Egipto. Ísis, a deusa da magia, do amor e da maternidade, não se resignou ao vazio da perda. Com paciência, coragem e devoção, percorreu a terra em busca dos pedaços do seu amado, reunindo-os com cuidado e restaurando-o através dos seus rituais e encantamentos.

Este ciclo de morte, fragmentação, recolha e ressurreição não é apenas um episódio mítico. É uma metáfora para as fases da nossa própria vida interior. Quantas vezes já sentiste que uma parte de ti foi destruída ou desfeita em pedaços por uma perda, uma mudança inesperada ou uma dor profunda? Nessas alturas, tal como Ísis, és chamado a reunir os fragmentos da tua própria alma, a olhar para cada pedaço partido com compaixão e a reintegrá-lo numa versão mais forte, mais inteira e mais consciente de ti.

O mito lembra-nos que a vida não é linear. Existe um ciclo constante de morte e renascimento: relações que terminam, fases que se esgotam, versões de nós que já não nos servem. Cada “morte” interior é, na verdade, a preparação para um novo florescer. Assim como Osíris renasceu não para voltar ao trono, mas para se tornar o deus do além e guia das almas, também nós não regressamos iguais depois de atravessar uma crise... emergimos transformados, com outro propósito e outra visão.

Ísis, com a sua dedicação, ensina-nos a importância da cura. Recolher os pedaços exige paciência, entrega e uma profunda conexão com a nossa própria essência. O trabalho de reconstrução não é imediato, mas é precisamente nesse processo que a verdadeira magia acontece.

Talvez este mito te convide a olhar para a tua própria vida de outra forma. Em vez de temer as perdas e os finais, podes começar a vê-los como portais de iniciação. A morte simbólica é o momento em que soltas o que já não te serve, permitindo que uma nova forma de ser surja. A ressurreição é o renascer em autenticidade, mais próximo da tua essência e daquilo que realmente vieste viver.

Ao longo da história, os Mistérios de Ísis e Osíris foram celebrados em rituais de iniciação espiritual, onde os participantes atravessavam simbolicamente a experiência da morte e do renascimento. Hoje, podes resgatar esse ensinamento de maneira mais íntima e pessoal: através da meditação, da escrita, da arte, ou simplesmente dando-te espaço para escutar o que dentro de ti pede transformação.

O mito recorda-te que nada do que é perdido desaparece para sempre. Há sempre uma nova vida que nasce das cinzas, um sentido mais profundo que emerge da dor, uma força que desperta quando tudo parece ruir. Ísis e Osíris vivem em ti como arquétipos: a parte de ti que sofre a fragmentação e a parte que, com amor e coragem, reconstrói e renasce.

Talvez, no fundo, o maior mistério não esteja no mito em si, mas na tua capacidade de o viver dentro da tua própria jornada: morrer para o velho, renascer para o novo... e perceber que em cada ciclo, estás a aproximar-te cada vez mais da tua verdadeira essência.

Como viver os Mistérios de Ísis e Osíris no teu quotidiano

Não precisas de um templo no Nilo para mergulhar nos mistérios de Ísis e Osíris. Podes trazer esta sabedoria antiga para a tua vida com gestos simples, que funcionam como rituais de reconexão e transformação interior. Aqui ficam algumas práticas:

1. Meditação da reconstrução
Encontra um espaço tranquilo, fecha os olhos e imagina que recolhes os “fragmentos” de ti que ficaram dispersos em situações de dor, frustração ou perda. Visualiza-te a juntar esses pedaços com carinho, como Ísis fazia com Osíris. No final, vê-te renascido, mais inteiro e mais forte.

2. Escrita simbólica
Numa folha, escreve o que sentes que precisa “morrer” na tua vida: padrões, crenças, relações ou hábitos que já não te servem. Depois, rasga ou queima esse papel em segurança, agradecendo o que foi e abrindo espaço para o que virá. De seguida, escreve o que desejas ver “renascer” em ti.

3. Água como elemento de purificação
No antigo Egipto, o Nilo era símbolo de fertilidade e renovação. Podes recriar isso ao tomar um banho consciente: enquanto a água te envolve, imagina que ela leva embora os pesos antigos. Sai da água como se estivesses a renascer para uma nova etapa.

4. Amuleto da transformação
Escolhe um objeto pequeno (uma pedra, uma joia, um cristal) e consagra-o como símbolo da tua transformação. Sempre que o segurares, lembra-te de que és capaz de atravessar as tuas próprias “noites escuras” e renascer mais forte.

5. Invocação de Ísis
Antes de dormir ou num momento de recolhimento, podes repetir em voz baixa ou mentalmente:
"Que a luz de Ísis me guie na reconstrução, que o poder da vida me renasça em verdade."
Não importa a forma exata das palavras, o essencial é a intenção.

O mito de Ísis e Osíris ensina-nos que a verdadeira magia acontece quando não fugimos da dor, mas escolhemos transformá-la em força. Cada prática que integrares no teu dia a dia pode ser uma forma de honrar este ciclo eterno de morte e renascimento, ajudando-te a caminhar mais consciente e alinhado com quem és de verdade.



Alguma vez tiveste aquela sensação de que tudo na tua vida se encaixa num momento perfeito? Que alguém aparece exatamente quando precisas, ou que uma ideia surge na tua mente sem aviso, mas com uma clareza quase mágica? Esse fenómeno tem um nome: sincronicidade. Carl Gustav Jung chamou-lhe “coincidência significativa”, mas não se trata apenas de coincidências… é a vida a mostrar-te que há um fio invisível que liga cada acontecimento.

Imagina: estás a pensar numa pessoa que não vês há anos e, no mesmo dia, recebes uma mensagem dela. Ou estás a refletir sobre um problema e, de repente, alguém te dá a solução sem saber que precisavas dela. Estes momentos são convites para parar, observar e perceber os sinais do universo. É como se a vida estivesse a sussurrar-te: “Confia, estás no caminho certo.”

A ciência que não nega a magia

Podemos chamar-lhe magia, ou podemos olhar pela lente da ciência. Estudos em física quântica mostram que tudo no universo está interligado, que há padrões e campos de energia que influenciam uns aos outros. A neurociência revela que a nossa atenção é poderosa: quanto mais focados estamos no presente, mais aptos nos tornamos a reconhecer padrões e oportunidades invisíveis.

Em outras palavras, o universo não conspira contra ti; ele conspira contigo... mas só quando estás presente e atento.

O fluxo: quando a vida se sente leve

Existe um estado que todos podemos experienciar: o fluxo. Csikszentmihalyi descreveu-o como aquele instante em que nos esquecemos do tempo, totalmente absorvidos no que fazemos. É aqui que muitas sincronicidades aparecem.

Pensa numa manhã em que tudo correu sem esforço: o trânsito parecia fluir, as ideias surgiram naturalmente, e as pessoas pareciam estar exatamente onde deveriam. Este é o fluxo... é quando deixamos de lutar contra a corrente da vida e nos movemos com ela, percebendo sinais que normalmente ignoraríamos.

Como viver a sincronicidade no dia a dia

Não é preciso esperar por momentos extraordinários. A sincronicidade está nos detalhes:
- Repara nos sinais: Uma conversa que surge na hora certa, uma música que te toca profundamente, uma frase num livro que te faz acordar para algo.
- Regista coincidências significativas: Mantém um diário. Com o tempo, vais notar padrões e perceber que não estás sozinho neste caminho.
- Medita e observa: A mente tranquila é o solo fértil onde os sinais crescem.
- Segue a intuição: Pequenas decisões guiadas pelo sentir muitas vezes abrem portas que a razão nunca teria encontrado.
 
História para inspirar
Uma mulher sentia-se perdida na sua carreira. Todos os dias caminhava pelo mesmo parque, a pensar no que fazer. Um dia, encontrou um antigo colega, alguém que não via há anos, e esta pessoa ofereceu-lhe uma oportunidade que mudaria a sua vida. Para ela, não foi sorte... foi o universo a alinhar pessoas, lugares e ideias, porque ela estava presente, aberta e disposta a ver os sinais.


Viver em sincronicidade é aprender a dançar com a vida, a ouvir os sinais, a agir com intuição e a confiar que cada passo tem um propósito. É perceber que o mundo não é feito de caos, mas de padrões invisíveis e oportunidades cuidadosamente entrelaçadas.

Permite-te viver com atenção, presença e abertura. Aprende a reconhecer o fluxo e a confiar nos sinais. Quando o fizeres, vais perceber que o universo não só conspira a teu favor, como te guia para uma vida mais harmoniosa, plena e cheia de significado.



Há algo dentro de ti que procura sentido. Talvez não seja uma busca consciente, mas uma sensação subtil de que a vida pode ser mais do que simplesmente passar os dias. Esse algo é o teu propósito... a força que te conecta à tua essência e que te impulsiona a viver com intenção e significado.

Mas o propósito não existe isolado. Ele manifesta-se plenamente quando se alia ao serviço, quando a tua realização pessoal se torna um contributo para o mundo à tua volta. É nesse ponto que o crescimento interior encontra a sua expressão externa, transformando a vida própria e a vida dos outros.

O que é o propósito?

O propósito é a tua bússola interna. É aquilo que te faz sentir vivo, aquilo que desperta a tua paixão e dá sentido às tuas escolhas. É único, e não segue fórmulas pré-estabelecidas: o que move uma pessoa pode não mover outra.

Quando vives alinhado com o teu propósito, cada ação ganha significado. Não importa se se trata de pequenos gestos ou grandes decisões; tudo se torna uma expressão do que és de verdade.

O papel do serviço

O serviço é o outro lado da mesma moeda. Enquanto o propósito olha para dentro, o serviço olha para fora. É a ponte entre a tua realização pessoal e a contribuição para o mundo. Quando aplicas os teus talentos, tempo e energia em algo que beneficia outros, seja de forma direta ou subtil, crias um ciclo de impacto positivo.

O serviço não precisa de ser grandioso para ser transformador. Pode ser:
- Ajudar alguém com um gesto simples de bondade.
- Partilhar conhecimento ou experiência que facilite a vida de outros.
- Criar algo que inspire, eduque ou cure.
- Contribuir para causas que ressoam com os teus valores mais profundos.

É nesse equilíbrio, entre a descoberta do que te realiza e a entrega consciente ao outro, que se encontra a verdadeira harmonia.

Como alinhar propósito e serviço no dia a dia

Autoexploraçãodedica tempo a perceber o que te move, o que te faz sentir pleno e verdadeiramente tu. Questiona: “O que faria mesmo que não recebesse nada em troca?”
Conexão com o outro – observa como as tuas ações impactam os outros. Pequenos gestos conscientes podem gerar ondas de transformação.
Ajustes contínuos – o propósito e o serviço não são estáticos. Permite-te evoluir, mudar de direção e adaptar a tua contribuição ao mundo conforme cresceste.
Prática diária – integra pequenos atos de serviço no teu dia. Um sorriso, uma palavra de encorajamento, a escuta atenta: tudo é expressão do teu propósito.

O impacto de viver assim

Quando propósito e serviço se encontram, a vida ganha uma qualidade profunda. Passas a sentir-te não apenas realizado, mas também conectado a algo maior. O trabalho, os relacionamentos, os projetos e mesmo os desafios deixam de ser obstáculos ou simples tarefas: tornam-se oportunidades de crescimento e impacto.

Viver alinhado com propósito e serviço é viver de forma consciente, desperta e responsável. É perceber que a tua realização pessoal não é um fim em si mesmo, mas uma ponte que permite deixar o mundo um pouco melhor do que o encontraste.

Um convite à ação

Começa hoje. Observa os teus talentos, o que te apaixona e como podes partilhar isso com o mundo. Não é necessário um plano grandioso; basta um gesto, uma decisão consciente, um passo que crie significado.

Lembra-te: viver com propósito e serviço não é apenas transformar a tua vida... é transformar o mundo à tua volta. E essa é, talvez, a maior realização que qualquer alma pode experienciar.



O Ioga Integral é mais do que uma prática física ou espiritual... é uma filosofia de vida que convida a unir corpo, mente, emoções e espírito numa mesma direcção. Inspirado pelos ensinamentos de Sri Aurobindo e Mirra Alfassa (A Mãe), este caminho não se limita ao tapete de ioga: estende-se a cada gesto do quotidiano, à forma como te relacionas contigo e com o mundo.

Ao contrário de outras abordagens que se concentram apenas na superação pessoal, o Ioga Integral traz-te uma proposta mais ousada: transformar-te por dentro para que essa mudança ecoe no colectivo.

O que é o Ioga Integral?

Enquanto algumas linhas de ioga procuram sobretudo libertação individual, o Ioga Integral integra todas as dimensões da vida. A ideia central é simples, mas profunda: a transformação pessoal é inseparável da transformação social.

Não basta meditar ou praticar posturas; é preciso levar a consciência que despertas no silêncio para a forma como trabalhas, amas, educas, consomes e participas na sociedade.

Princípios-chave do Ioga Integral

- Unificação do ser
Em vez de separares o espiritual do material, o Ioga Integral ensina-te a unir todas as partes do teu ser. A tua mente, o teu coração, o teu corpo e a tua alma são vistos como expressões diferentes de uma mesma essência.

- Transformação consciente
O objectivo não é escapar ao mundo, mas transformá-lo a partir de dentro. Cada emoção, cada pensamento e cada acção pode ser trabalhada, refinada e elevada.

- Serviço ao colectivo
A prática não é apenas individual. O despertar interior deve traduzir-se em impacto positivo no mundo: nas tuas relações, na tua comunidade, no planeta.

Como aplicar o Ioga Integral no dia-a-dia

O desafio do Ioga Integral é viver com consciência em cada momento, e não apenas na almofada de meditação. Aqui ficam algumas formas práticas:
- No corpo: trata-o como um templo. Alimenta-te de forma equilibrada, descansa o suficiente e pratica movimento consciente. O corpo torna-se o veículo da tua transformação.
- Nas emoções: observa os teus estados interiores sem os julgares. Pergunta-te: esta emoção aproxima-me da minha verdade ou afasta-me dela? Acolher e transformar é parte do processo.
- Na mente: em vez de a deixares correr sem rumo, dá-lhe direcção. Cultiva pensamentos construtivos e abre espaço para o silêncio interior, que traz clareza.
- Na acção: cada gesto conta. Desde a forma como falas com alguém até à escolha do que compras, tudo pode ser feito em alinhamento com valores de consciência, compaixão e verdade.

Exercício prático de Ioga Integral

Experimenta este pequeno ritual diário:
- Manhã – Antes de começares o dia, dedica dois minutos a respirar fundo e a definir uma intenção. Pergunta a ti mesmo: “Como posso viver hoje de forma mais consciente?”
- Durante o dia – Quando te sentires disperso ou irritado, faz uma pausa. Inspira profundamente e lembra-te da tua intenção inicial. Essa pausa é uma prática de Ioga Integral em acção.
- À noite – Antes de dormir, faz uma breve revisão do teu dia. Reconhece os momentos em que viveste em consciência e os que podes melhorar. A gratidão e a auto-observação são sementes de transformação.

O impacto social do Ioga Integral

Quando aplicas estes princípios, não estás apenas a transformar-te. Estás a influenciar as tuas relações, a forma como educas os teus filhos, a forma como trabalhas em equipa, como contribuis para a comunidade.

Cada vez que escolhes agir com consciência, estás a abrir caminho para uma mudança colectiva. O Ioga Integral lembra-te que a espiritualidade não é fuga, mas compromisso com a vida, com os outros e com o planeta.

O Ioga Integral não é um destino, é um caminho. Um processo contínuo de alinhamento interior e acção consciente no mundo. Ao praticares este olhar integral, descobres que cada respiração, cada palavra e cada escolha têm o poder de transformar não só a tua vida, mas também a realidade colectiva.

No fundo, o convite é este: faz da tua vida a tua prática de ioga.

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